A Pão para o Mundo – serviço de apoio ao desenvolvimento – é ligada à igreja luterana e trabalha em prol da justiça em nível global.

Os projetos apresentados pela UFFS e parceiros objetivam a cooperação internacional para manutenção dos cursos de Educação do Campo mantidos pela Instituição nos campi Laranjeiras do Sul, no Paraná, e Erechim, no Rio Grande Sul. De acordo com o vice-reitor, essa demanda se dá em decorrência do cenário de restrições orçamentárias imposto pelo Governo Federal. “Receberemos recurso para manutenção de transporte, alojamento e alimentação dos alunos dos cursos até o mês de julho de 2018. A UFFS está comprometida com a manutenção desses cursos por reconhecer o papel fundamental que eles têm nas populações mais vulneráveis e é por isso que estamos buscando essa parceria”, aponta.

A professora Liria Andrioli, de Laranjeiras do Sul, explica que a Pão para o Mundo tem, historicamente, apoiado projetos internacionais no Brasil para minimizar desigualdades sociais e econômicas. “Eles têm acompanhado a constituição da UFFS desde o seu início, tendo em vista o caráter popular e de inclusão assumido pela Universidade. No ano de 2015, uma comitiva alemã de diversos movimentos sociais e organizações, inclusive da Pão para o Mundo, esteve no Campus Laranjeiras do Sul conhecendo a Instituição e sinalizando cooperações futuras. No ano de 2017, professores do Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural fizeram uma troca de experiências na Alemanha. Aliado a isso, o vice-reitor da UFFS foi bolsista de Doutorado naquele país, o que também nos aproxima”, conta.

Liria comenta que a UFFS apresentou dois projetos à Pão para o Mundo através de instituições que já são parceiras. “Um projeto é encaminhado pela Asessoar, já conveniada à UFFS; o outro, pelo CAPA, em fase de convênio. Os projetos preveem que a administração financeira e o recebimento de recursos sejam geridos pelas entidades que manterão os cursos em regime de alternância: custos de alimentação, transporte e estadia. A UFFS entraria na cooperação com a oferta do curso, de professores, laboratórios e biblioteca. É preciso que seja nesse formato tendo em vista que as entidades alemãs não podem repassar recursos diretamente para órgãos do governo federal, como é o caso da UFFS”, detalha.

O vice-reitor comenta que agora é preciso delinear alguns aspectos dos projetos apresentados. “A Pão para o Mundo começa a analisar a nossa proposta com perspectiva para apoiar em 2019. Durante os próximos meses complementaremos as informações e definiremos institucionalmente a melhor forma de encaminhar: projeto para estudantes bolsistas ou fortalecimento dessas organizações. Nesse período tanto o CAPA quanto a Assessoar também tratarão da renovação dos seus projetos com aquela organização.”