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Evento de extensão trabalha com cultura e arte focadas na escritora Cora Coralina

Evento de extensão trabalha com cultura e arte focadas na escritora Cora Coralina

Com o intuito de trabalhar cultura e arte, especialmente da poetista e contista brasileira Cora Coralina, o Câmpus São Lourenço do Oeste promoveu o evento “Cora Coralina, presente! Oferta de Arte e Poesia a uma Escola Primária de São Lourenço do Oeste”.

O evento foi proposto dentro do Projeto de Extensão Cultural Didascálico para disseminar a arte do mosaico e da vida e obra da escritora Cora Coralina. A realização foi de seis alunos bolsistas, três voluntários e o coordenador-executor, professor Aguinaldo Silva Barbosa.

O trabalho iniciou com a realização de oficinas, no Instituto Cultural de São Lourenço do Oeste, que culminou com a produção de uma obra de arte em mosaico com pastilhas de vidro e outros materiais, sobre um suporte de madeira em formato de livro aberto. Foram 43 dias em cima desta primeira etapa, de 1º de novembro a 12 de dezembro.

O professor Aguinaldo conta que o “livro” em madeira talhada traz de um lado a imagem da escritora e do outro uma frase que costumava dizer: “A escola nos dá o saber, a vida nos dá a sabedoria.”

Na segunda etapa do trabalho, os participantes do projeto levaram o painel para o Centro de Educação Infantil Cora Coralina, no último dia 12. “Realizamos uma cerimônia e falamos um pouco sobre a vida e obra da poetisa e sobre a milenar arte do mosaico”, conta o professor Aguinaldo.

Os músicos do Instituto Cultural, o professor Everton Lovera e a aluna Jamilly Kanofre, cantaram uma música em homenagem a escritora de autoria de Marcelo Barra, “Mulher da Terra”.

As crianças, a maioria delas entre 4 e 5 anos, prepararam apresentações. Cantaram o hino da escola que traz parte de um poema de Cora, expuseram a arte produzida por elas próprias e ainda contribuíram diretamente com o mosaico, trazendo botões e de todos tipos, cores e tamanhos.

Saiba mais

Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretas, que aos 14 anos se autodenominou Cora Coralina, visando se diferenciar das diversas “Anas” que havia na pequena cidade de Goiás Velho (GO), onde nasceu e viveu a maior parte de sua vida na juventude e “no tarde da vida”, como dizia, estudou somente até a 2ª Série primária e publicou seu primeiro livro quando já tinha seus 75 anos. Após seu retorno a terra natal, depois de ter vivido mais de 48 anos no estado de São Paulo, Cora passou a fazer doces para vender, e oferecer seus livros aos visitantes.

“A história de Cora é, sem dúvida nenhuma, um exemplo para todos nós. E sua poesia nos inspira a continuar sempre”, afirma o professor Aguinaldo.

“Os participantes das oficinas também pesquisaram e concluíram, que Cora pode ter dado sua contribuição à ampliação das escolas profissionalizantes, por ter sido uma defensora da criação de mais ‘escolas profissionais, escolas de salvação social’, como deixa escrito em seu primeiro livro Poemas dos Becos de Goiais e Estórias Mais, de Cora Coralina”, lembra o professor.

Por Rafaela Menin / Jornalista IFSC

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